Atividades de Laboratório - Imunologia e Parasitologia - Laboratorio III

Atividade em Laboratório 3: Imunologia e Parasitologia – Análise Morfológica dos Helmintos


Descrição dos procedimentos:

Foram tomadas todas as medidas de segurança para permanência em laboratório     nível de Biossegurança 1 que é adequado ao trabalho que envolva agentes bem caracterizados e conhecidos por não provocarem doença em seres humanos sadios e que possuam mínimo risco ao pessoal do laboratório e ao meio ambiente. O laboratório não está separado das demais dependências da edificação. O trabalho é conduzido, em geral, em bancada, com adoção das boas práticas laboratoriais (BPL). Equipamentos específicos de proteção ou características especiais de construção não são geralmente usados ou exigidos.

Materiais

Lâminas com os seguintes parasitas: Ascaris sp (macho, fêmeas e ovos), Taenia sp (escólex) e Schistossoma sp;
Microscópio óptico;
Óleo de imersão.

Metodologia: 

Visualização de  cada lâmina previamente preparada de acordo com o conteúdo previamente demonstrado em aula teórica.

Conclusão

Em conclusão, esta atividade correu como esperado, ou seja, conseguiu-se visualizar as lâminas a fim de identificar as diferenças morfológicas dos parasitas.


Conhecimentos adquiridos

  Parasitologia que é uma ciência que estuda as relações de parasitismo lembrando que em toda relação de parasitismo existe uma espécie que é beneficiada que o parasita e uma espécie que sofre o seu malefício que é o hospedeiro. 
Entre as diversas helmintoses podemos citar a três das mais importantes entre elas a ascaridíase, a teníase e a esquistossomose. Entre às ascaridíases podemos dizer que esta é uma helmintose das mais comuns no nosso país e que acomete o homem que é provocada pelo Ascaris lumbricoides vulgarmente conhecido também como lombriga. O Ascaris lumbricoides está presente não só no nosso país mais está presente comumente em países de região subtropical e tropical, e  existe uma forte relação com baixas condições de saneamento básico. Em relação a essa doença é observável, mesmo a olho nu, que os machos apresentam uma morfologia levemente distinta das fêmeas. Os machos podem apresentar um tamanho que vai de 20 a 30 cm, sempre uma coloração esbranquiçada, leitosa, enquanto que as fêmeas elas podem chegar a 40 cm. As fêmeas geralmente elas apresentam a morfologia mais robusta do que quando comparada aos machos. Em relação aos ovos de Ascaris é possível observar que esses ovos  apresentam como uma característica muito importante uma membrana externa chamada de membrana eterna mamilonada que é uma membrana que confere a esses ovos uma  extrema resistência ao meio ambiente.
Além da ascaridíase que pode causar ser provocada pelo Ascaris lumbricoides também devemos citar a  teníase.
Em relação a teníase  é importante relembrar que essa doença teníase é provocada pelo mesmo parasita que provoca a cisticercose, entretanto é provocada apesar de ser mesmo parasita em formas do seu ciclo distintas, ou seja, a teníase  é provocada pela forma adulta seja da Tênia saginata que é comum em bovinos ou a Tênia solium que é comum em suínos. Enquanto que a cisticercose  é provocada pela forma larvária porque que fica presente em diversos tecidos deste hospedeiro, enquanto que a teníase o parasita fica alojado no intestino delgado. Os hospedeiros mais comuns, já que os bovinos e suínos são os hospedeiros intermediários, os hospedeiros mais comuns da teníase é o homem e o cão. Em relação a tênia existem características morfológicas que são muito relativas, muito específicas a teníase, entre elas é a presença de uma estrutura chamada de escolex.  O escolex é uma estrutura  muito similar a uma cabeça, presente nesse parasita, que possui quatro ventosas de origem muscular e são elas que são capazes de fixar esses parasita no intestino delgado dos hospedeiro. Logo em seguida desse escolex está presente o colo ou pescoço, que é uma porção levemente mais afilada e que continuamente vai produzindo vai multiplicando formando as chamadas proglote.  A união de diversas proglotes vai formar o que é denominado de estróbilo que é como se fosse um corpo desse verme.  Temos uma terceira doença muito importante que é a esquistossomose. Em relação ao Schistosoma mansoni é importante ressaltar que pode apresentar distintas formas dependendo do seu ciclo da vida. Inicialmente podemos observar a sua forma adulta temos a forma de macho ou fêmea. A forma adulta de macho chega a apresentar por volta de 1 cm, e  essa forma  apresenta uma ventosa na porção oral na sua porção anterior e ainda na porção anterior ela apresenta uma outra ventosa na porção ventral, na sua porção posterior costuma apresentar um canal chamado de canal ginecóforo que é um canal que é responsável por albergar a fêmea no momento da fecundação. Ainda em relação a forma adulta da fêmea, ela se difere do macho pois ela é um pouco maior, chega tem um centímetro e meio e ela é mais afiada do que o macho, o macho geralmente é mais robusto. Além dessas formas o esquistossomo  pode apresentar a sua forma de ovo que é bastante peculiar ao seu gênero. O ovo do esquistossomo,  em especial  do Schistossoma mansoni, apresenta uma espícula na sua porção posterior isso é bastante específico desse gênero e espécie. Temos também a forma de miracídios. A forma de miracídio é bastante distinta das demais pois apresenta um formato cilíndrico e apresenta toda a sua superfície recoberta  de cílios  e ainda na sua porção anterior ele apresenta uma glândula de penetração. Essa estrutura é que torna  possível essa forma de miracídios se fixar no molusco que será esse o hospedeiro intermediário, que é a bionfalária.  Além disso a presença destes cílios na sua parte externa é o que favorece que essa forma tenha movimentação na água, já que é na água que essa forma esta abundante  neste ciclo da esquistossomose.
Temos a última forma do esquistossomo que é a forma infectante no homem que é a forma de cercaria. Essa forma de cercaria tem uma característica muito peculiar que é a presença de uma cauda bifurcada e a forma do corpo que apresenta duas ventosas, uma ventosa anterior e uma ventosa ventral. Essa ventosa anterior é responsável pela fixação e pela penetração no hospedeiro e a ventral pela fixação também no hospedeiro.